MP investiga risco de febre amarela em campus da USP Piracicaba, SP

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para investigar o risco de infestação de febre maculosa dentro do campus da Engenharia Agrônomica da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em Piracicaba (SP).

A investigação foi iniciada após uma aluna da universidade ter sido picada neste ano pelo CARRAPATO-ESTRELA, o transmissor da doença.
Entre as recomendações feitas pelo MP à universidade está a colocação de novas placas com orientações sobre os sintomas da doença. Elas já foram fixadas abaixo das já existentes, que alertam sobre as áreas com risco de infecção.

Em 2014, foram registrados seis casos de febre maculosa em Piracicaba, com quatro mortes.
Dedetizadora em Piracicaba Carrapato EstrelaA Prefeitura informou que o exame feito na aluna da Esalq deu negativo e que não houve registros em 2015 até agora.

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Em nota, a Esalq informou que trata do assunto desde 2005 e que em 2012 formou uma comissão com especialistas em saúde pública. Desde então, são realizadas de ações de prevenção e combate à doença, como o manejo reprodutivo de capivaras e o monitoramento da sua população, entre outras.

O inquérito foi instaurado pela promotora Maria Cristina Marton de Freitas. “O campus é um espaço público e chega a ser um ponto turístico de Piracicaba. Por dia, cerca de 3,5 mil pessoas circulam pela área, que é muito grande.

Quis conhecer de perto o que está acontecendo e auxiliar no que for possível. As novas placas, por exemplo, são um complemento de informação, que orientam a pessoa a procurar o médico, caso sinta algo”, disse Maria Cristina.

A promotora destaca que a Esalq promove um “trabalho empenhado” de mapeamento e combate à febre maculosa desde 2012 e “é referência dentro da própria USP” em relação ao tema.

“No entanto, estamos falando de uma doença com alta taxa de mortalidade, com medicação restrita a apenas dois antibióticos, e com difícil diagnóstico.
Além disso, o carrapato é resistente ao bloqueio químico (inseticida), pois cava buracos na terra e também sobe em árvores. E a capivara não é a única hospedeira dele. Gambás e quatis também são. Por isso, toda discussão sobre o assunto é válida e envolve não só a Esalq, mas toda a cidade”, citou.

A promotora disse que começou a se interessar pelo assunto em um workshop promovido pela própria Esalq. Em agosto deste ano, haverá a segunda edição de um curso de capacitação e diagnóstico da doença dentro do campus. As aulas serão voltadas a profissionais de saúde da região.

“Outra medida que irei tomar é contatar hospitais e planos de saúde particulares. A adesão deles na primeira edição foi muito baixa, ao contrário da rede pública”, disse Maria Cristina.

De acordo com ela, a investigação em curso é um “inquérito de acompanhamento” e não culminará em uma ação civil pública ou em um termo de ajustamento de conduta (TAC).

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Esalq
Em nota, a Esalq disse que vem tratando do assunto desde 2005 com “um programa de controle do carrapato-estrela, mapeando os locais vulneráveis para presença de carrapatos e realizando medidas de controle”.

“Em outubro de 2012, a Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) da Universidade de São Paulo (SGA/USP), organizou um evento em São Pedro, que reuniu cerca de 50 especialistas na temática da febre maculosa (Doença do Carrapato) e os elementos que compõem o ciclo de interação da doença com o ambiente e os seres humanos (dinâmica da doença, hospedeiros e vetores)”, citou a nota.

Após o workshop, uma comissão foi instituída com especialistas da USP, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), outras universidades, Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Centro de Controle de Zoonoses e Secretaria de Saúde.

Algumas das ações listadas pela comissão são a orientação ao público, o controle do carrapato, o treinamento de profissionais da saúde, o manejo reprodutivo de capivaras e o monitoramento da sua população, entre outras.

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